|   O Estádio Municipal de El Alto é um dos recintos desportivos mais singulares da América do Sul, localizado na cidade de El Alto, na Bolívia, a mais de 4.000 metros de altitude. Inaugurado em 2017, o estádio tem capacidade para cerca de 25 mil espetadores, e o que o torna tão especial é a sua localização: situado na parte mais alta da cidade El Alto, que é a segunda maior da Bolívia e tem a maior população indígena do mundo. O clima frio, os ventos fortes e a vista panorâmica dos Andes conferem-lhe uma atmosfera única. A vitória histórica sobre o Brasil ajudou a criar ainda mais a imagem de estádio intransponível para os adversários. | 
|   Disputar uma partida de futebol a mais de 4.000 metros de altitude é um desafio físico e mental extremo para atletas que não estão habituados a essas condições. O principal obstáculo é a baixa pressão atmosférica, que reduz a quantidade de oxigénio disponível no ar. Jogadores vindos do nível do mar sofrem rapidamente com falta de ar, fadiga precoce, tonturas e até tonturas, obrigando as equipas visitantes a adotar estratégias de poupança de energia. Outro fator relevante é a velocidade da bola: devido à menor resistência do ar, remates e passes viajam mais rápidos e longos, exigindo adaptação técnica imediata. Além disso, o frio característico dessas altitudes contribui para maior rigidez muscular, aumentando o risco de lesões. Os jogadores locais, acostumados desde muito cedo a treinar e viver nessas condições, tiram proveito dessa vantagem natural. Para os adversários, a aclimatação exige dias ou semanas, algo impraticável em competições internacionais. Em El Alto, o impacto da altitude é tão pronunciado que se tornou parte da identidade futebolística boliviana, criando um ambiente muito hostil para seleções ou clubes estrangeiros que não conseguem adaptar-se ao “ar rarefeito” dos Andes. | 
|   A Bolívia dependia que a Venezuela não ganhasse à Argentina e de ganhar ao fortíssimo Brasil, para garantir um lugar nos playoffs de qualificação para o Mundial 2026. A Argentina ajudou vencendo por 6 a 3 a Venezuela. Mesmo assim seria necessário vencer e Miguel Terceros, jovem promessa do futebol boliviano, nos descontos da primeira parte, cobrou com sucesso uma grande penalidade e colocou os bolivianos a acreditar que seria possível! O Brasil, tentou reagir na segunda parte, mas a altitude extrema foi um grande aliado da Bolívia. Foto Daniel Miranda / AFP | 
|   Classificação final da CONMEBOL, com o Brasil a ficar num pobre quinto lugar, a Argentina a ser líder destacada e o Equador a terminar em segundo, com 32 pontos (e -3 pontos retirados de forma administrativamente). | 
